Estas pessoas são famílias que foram reconhecidas como refugiadas e que ainda não tinham deixado as ilhas.

“Os incêndios em Moria demonstraram a necessidade de os Estados-Membros da União Europeia cooperarem para lidar com uma crise humanitária que afetou toda a Europa”, disse o ministro da Migração grego, Notis Mitarakis, que foi despedir-se dos cerca de 100 migrantes no aeroporto de Atenas.

Mitarakis agradeceu também à Alemanha pela iniciativa de acolher estas pessoas – famílias e pessoas vulneráveis – e disse que com isso a Alemanha “abriu o caminho para uma solução europeia equilibrada”.

“A solidariedade deve ser a base do novo Tratado de Migração e Asilo nos próximos anos”, sublinhou.

Após os incêndios que destruíram o campo de Moria em setembro passado, a Alemanha, junto com outros países europeus, ofereceu-se para receber centenas de refugiados das ilhas, principalmente famílias e menores desacompanhados.

Além disso, 9,5 mil migrantes que eram residentes em Moria foram transferidos para o novo campo provisório em Kará Tepé, grande parte do qual foi inundado duas vezes na última semana, com a chegada das primeiras chuvas de outono.

De acordo com o Governo grego, nas últimas semanas mais de 2.000 pessoas foram transferidas para centros de acolhimento na parte continental do país.

O plano do Governo prevê que, com a chegada do inverno, apenas 5.000 pessoas fiquem em Kará Tepé e que até ao próximo verão estará pronto o campo definitivo em Lesbos, que supostamente receberá menos gente e por menos tempo.

Centenas de organizações europeias disseram na semana passada que o novo campo relembra “a miséria” que caracterizou o centro de receção e identificação de Moria e destacaram a falta de água canalizada, chuveiros e casas de banho apropriados.

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