A mesma fonte explicou à agência Lusa que a decisão foi tomada na sequência de uma inspeção realizada por técnicos da área do ambiente da empresa Infraestruturas de Portugal, que detetaram “deficiências graves” ao nível fitossanitário nas árvores.

Por considerar que a situação dos choupos representa um “elevado risco” para a segurança rodoviária na EN359, a IP vai executar os trabalhos que envolvem o abate das árvores “até ao final do ano”.

Contactado pela Lusa, o vice-presidente da Câmara de Portalegre, João Nuno Cardoso, disse que “desconhecia” a operação de abate dos árvores, sublinhando que a ação vai ser “analisada” pelo município.

“No caso de ser uma questão de segurança pública, seremos favoráveis a que o abate seja feito”, afirmou.

Já o presidente da Câmara de Marvão, Luís Vitorino, disse à Lusa que “acima de tudo está a segurança”, um fator considerado “crucial” por parte do município.

“Avaliadas por técnicos que são da área do ambiente e que estão habilitados para fazer essa avaliação, Câmara de Marvão não tem nada a opor ao corte das árvores. É uma questão de segurança”, disse.

Segundo Luís Vitorino, os choupos “não são árvores autóctones” na área do Parque Natural da Serra de São Mamede, não estando protegidas pelo regulamento do parque natural.

“Assim sendo, a IP não precisa de pedir parecer ao Parque Natural da Serra de São Mamede para fazer essa operação”, acrescentou.