Naquela que foi a maior manifestação em anos, com a participação de muitos jovens, que não viveram na época soviética do país báltico, as pessoas cantaram slogans de apoio à Ucrânia e empunharam cartazes em letão, inglês e russo a pedir o julgamento do Presidente russo, Vladimir Putin, como criminoso de guerra.

O Presidente da Letónia, Egil Levits, afirmou em frente da embaixada ucraniana que “o primeiro disparo na guerra foi o início do fim do regime de Putin”.

“Toda a nação da Letónia está ao lado da Ucrânia, independentemente do idioma que se fale em casa”, disse Egil Levits, numa referência a declarações oficiais recentes a condenar que se culpe todos os russos pela invasão da Ucrânia.

O responsável reconheceu, no entanto, que algumas pessoas na Letónia também foram enganadas pela narrativa russa sobre a guerra. “Deve-se falar calmamente com eles para os convencer de que se perderam na propaganda russa”, disse.

O discurso do Presidente foi acompanhado por grupos de pessoas que cantavam “Putin para Haia”, numa referência ao Tribunal Penal Internacional contra crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O ex-Presidente estónio Toomas Ilves falou em inglês na manifestação, afirmando: “os ucranianos não estão só a lutar pelo seu próprio destino mas também pelo nosso direito à liberdade, se eles perdem todos perdemos”.