De acordo com o jornal, alguns dos políticos visados em casos de corrupção aparecem bem posicionados nas sondagens de intenção de voto.
Além do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que viu a candidatura a Presidente impedida pela Justiça Eleitoral, a lista de arguidos e denunciados inclui também o seu substituto, Fernando Haddad, que é alvo de um processo na Justiça Eleitoral de São Paulo.
Também membros da liderança do Congresso que tentam renovar os seus mandatos estão incluídos nesta lista, como Edison Lobão e Valdir Raupp, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
No Estado brasileiro de Alagoas, por exemplo, são líderes na mais recente sondagem para o Senado Renan Calheiros, apontado pela Procuradoria-Geral como integrante da organização criminosa “quadrilhão” do MDB, e Benedito de Lira, também denunciado como membro de uma outra organização ligada ao crime, mas pertencente ao Partido Progressista (PP).
Para o governo do estado, o eleitor brasileiro tem como principais opções o ex-presidente e senador Fernando Collor do Partido Trabalhista Cristão (PTC), acusado de corrupção, lavagem e organização criminosa, e Renan Filho (MDB), alvo de um inquérito no Tribunal Superior de Justiça relacionado com o caso Odebrecht.
Também a ex-Presidente Dilma Rousseff (PT) faz parte deste rol, sendo candidata em Minas Gerais e implicada no processo Lava Jato, assim como Jader Barbalho (MDB), suspeito no caso do “quadrilhão” do MDB.
Entre os candidatos presidenciáveis, Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi acusado na semana passada pelo Ministério Público de São Paulo, por suspeitas de corrupção, e José Maria Eymael, do partido Democracia Cristã (DC), passou a ser investigado em 2017 também pelo processo Odebrecht.
O jornal Folha de São Paulo localizou 63 casos de políticos investigados que são candidatos e outros 15 políticos que tiveram investigações arquivadas e estão na corrida novamente.
A maior parte dos investigados são membros do Congresso incluídos nas “listas de Janot”, como ficaram conhecidos os inquéritos pedidos pelo então Procurador-Geral da República no decorrer das delações da Lava Jato, diz o jornal.
A favor dos políticos acusados está o novo modelo de financiamento da eleição, que aumentou o poder financeiro dos partidos ao instituir o fundo eleitoral pago com dinheiro público.
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