Em frente à sede da CGTP, perante os manifestantes e debaixo de chuva, o secretário geral, Arménio Carlos, voltou a apelar ao PS para que aprove as alterações à legislação laboral propostas pelos partidos da esquerda que hoje serão debatidas no plenário.

“Neste momento, é preciso pôr um travão a esta política que está a bloquear” a contratação coletiva, afirmou Arménio Carlos, lembrando que no ano passado apenas 820 mil trabalhadores foram abrangidos por renovação de contratos coletivos.

O líder da CGTP considerou que, se o PS não der voto favorável às propostas da esquerda, “não está a prestar um bom serviço aos trabalhadores e está a frustrar as expectativas que foram criadas”.

Em causa estão propostas do PCP, BE e PEV para revogar a norma da caducidade das convenções coletivas e reintroduzir o princípio do tratamento mais favorável, entre outras.

Porém, tal como a Lusa avançou, fonte do PS já disse que o mais certo é o chumbo.

Para Arménio Carlos, tem de ser o parlamento a avançar, “pois já se percebeu que na Concertação Social as confederações patronais não vão aceitar alterações à lei laboral”.

Antes de arrancarem rumo à Assembleia da República, o líder da central sindical apelou aos manifestantes para não se pronunciarem durante o debate, nas galerias do parlamento, e adiantou que no final, dependendo do desfecho, a discussão será feita na rua e os sindicalistas irão “discutir o que fazer a seguir”.

“A luta continua nas empresas e na rua” ou “contratação sim, caducidade não” eram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes quando partiram em direção ao parlamento.