O vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, Alberto Morgado, disse à agência Lusa que estava marcada uma reunião com a administração da CGD para as 18:00, que não aconteceu porque só se realizaria se a população abandonasse as instalações do balcão em Almeida, Guarda, que ocupa pacificamente desde as 14:30.

"Não houve reunião com a administração, houve com o diretor central", disse o autarca, adiantando que os administradores "puseram exigências relativamente à saída da população da CGD [de Almeida], mas isto não tem nada a ver com a Câmara Municipal, [e] o senhor presidente, naturalmente, que não tinha condições para fazer uma coisa dessas", contou, alegando tratar-se de uma manifestação "espontânea", que não foi organizada pela autarquia.

Entretanto, segundo Alberto Morgado, o presidente da Câmara, "exigiu que lhe fosse garantido" que os serviços de tesouraria continuariam na agência de Almeida.

"E eles [CGD] como também não garantiram isso previamente, acabou por não haver reunião, lamentavelmente", rematou o vice-presidente.

Após a reunião, Alberto Morgado disse à Lusa que ele e o presidente da autarquia, António Batista Ribeiro, se deslocariam para Almeida onde, à chegada, tencionavam "reunir com as pessoas" que participam no protesto pacífico.

"A população não sai de lá. Nós vamos diretos para Almeida", garantiu, explicando que não ficou marcada nova reunião com a CGD, embora tenha sido manifestada "abertura para diálogo".

No entanto, como os dirigentes da CGD "não garantiram o serviço de tesouraria" no balcão de Almeida, o autarca assegura que "a luta continua" e "as pessoas não querem sair, não querem desmobilizar".

Habitantes de Almeida estão hoje concentrados no interior e no exterior do balcão da CGD, num protesto pacífico, contra o eventual fecho daquela agência na sede do concelho.

Alcino Morgado, chefe de gabinete do presidente da autarquia de Almeida, disse esta tarde à Lusa que os habitantes entraram nas instalações "com o propósito de pedir informações sobre qual vai ser o futuro, a partir de amanhã [quarta-feira]".

"O grande receio é o de que amanhã [quarta-feira] cheguem aqui e vejam o balcão encerrado. Querem a garantia de que continua a funcionar", disse por telefone à Lusa, quando se encontrava no interior da agência da CGD.

Segundo o responsável, as pessoas que participam no protesto pacífico "estão determinadas" a permanecer no local "até que haja notícias" da reunião de hoje.

Alcino Morgado disse que a presença dos habitantes no interior e no exterior das instalações da CGD da vila histórica de Almeida, no distrito da Guarda, é "ordeira e tranquila" e que o ambiente é "calmo".