A Ação de Luta Nacional, que decorrerá sob o lema “Pelo aumento dos salários e pensões – Contra o aumento do custo de vida e ataque aos direitos”, começa a meio da manhã com duas pré-concentrações, uma no Rossio, com os trabalhadores dos distritos de Lisboa e Porto, e outra junto ao Jardim da Estrela, com os trabalhadores de Setúbal e dos restantes distritos do país.

No final, todos os manifestantes se vão juntar junto ao parlamento para exigir respostas face ao agravamento das condições de vida.

A secretária-geral da Intersindical, Isabel Camarinha, partirá do Rossio e fará uma intervenção político-sindical junto à Assembleia da República.

No início do mês, o Conselho Nacional da CGTP exigiu medidas imediatas para reposição do poder de compra e, por isso, aprovou um processo de intensificação da luta que decorrerá ao longo do mês de junho em todos os setores e por todo o país, mas que começará com a manifestação de hoje.

Segundo Isabel Camarinha, a escolha da data para esta manifestação “não foi inocente, pois o Orçamento do Estado não responde às necessidades dos trabalhadores e do país”.

“O atual momento exige a intensificação do processo de luta para obter respostas extraordinárias, que são cada vez mais prementes devido ao constante aumento dos preços”, disse Isabel Camarinha à agência Lusa.

A Inter vai intensificar a luta com o objetivo de “afirmar a indignação e o protesto face ao aumento do custo de vida, ao ataque ao poder de compra e aos direitos, ao aumento das desigualdades, das injustiças e da pobreza, bem como a exigência do aumento geral de salários para todos os trabalhadores, das pensões de reforma para os reformados”.

A redução do horário de trabalho e o combate à desregulação dos horários, a erradicação da precariedade, o emprego com direitos, uma legislação laboral que contribua para a valorização do trabalho e dos trabalhadores e a defesa do serviços públicos são outras das reivindicações na base do protesto.

A CGTP reivindica ainda “as medidas excecionais e imediatas” apresentadas no 1.º de Maio, como o aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para 800 euros em 01 de julho de 2022, um aumento extraordinário de todas as pensões e reformas que reponha o poder de compra, num mínimo de 20 euros e o aumento extraordinário de todos os salários cuja revisão/actualização tenha sido absorvida pela inflação.