"Não vale a pena estar a desenhar soluções para 2018 ou para os anos seguintes sem dar respostas para 2017", disse o sindicalista aos jornalistas, no final da manifestação da Função Pública, que decorreu em Lisboa.
Arménio Carlos lembrou a disponibilidade dos sindicatos do setor para negociar com o Governo a forma de descongelar os salários e as carreiras da Administração Pública.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP, promoveu hoje uma manifestação, que decorreu entre a praça Marquês de Pombal e o parlamento, para reivindicar aumentos salariais, o descongelamento das carreiras e a aplicação do horário de 35 horas semanais a todos os trabalhadores do setor.
"A manifestação fez-se a pensar em 2017", disse, recusando a possibilidade de o protesto ter como objetivo o Orçamento do Estado de 2018.
O sindicalista defendeu ainda que o Governo tem de ter sensibilidade social para responder aos problemas colocados pelos trabalhadores.
"Já em 2017, tem de se ir mais longe do que o que está previsto", disse, considerando que as reivindicações dos trabalhadores podem ser concretizadas poupando-se nas parcerias público-privadas (PPP), nos juros da divida ou nos ‘swaps’ (derivados financeiros de cobertura de risco).
O sindicalista considerou que a manifestação de hoje foi "um alerta geral para que o Governo tenha propostas e ouça os trabalhadores".
"Se não os ouvir, os trabalhadores prosseguem a sua luta", concluiu.
Arménio Carlos salientou que "quem determina sempre as reivindicações e as formas de luta serão os trabalhadores".
"Quem estava preocupado com o fato de a CGTP não organizar greves, creio que esta semana ficou com um problema do diabo", disse.
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