Estas metas salariais tinham sido aprovadas no XIV Congresso da Intersindical, que se realizou em fevereiro, e foram agora aprovadas pelo seu Conselho Nacional como referenciais para o próximo ano.

“O aumento geral dos salários em 90 euros, a fixação do salário mínimo em 850 euros a curto prazo [dos atuais 635 euros] e a valorização das carreiras e profissões” são reivindicações que se mantêm.

No documento reivindicativo aprovado, a central sindical considera que “no quadro da situação atual, com uma tendência de quebra económica, estas reivindicações são ainda mais importantes para os trabalhadores e para o estímulo ao desenvolvimento do país”.

“Estas reivindicações são centrais e constituem uma necessidade para a melhoria do nível de vida, a qual deve acompanhar o aumento das necessidades dos trabalhadores e das suas famílias”, defende a central sindical.

Segundo a CGTP, o aumento dos salários em 90 euros “terá impactos multifacetados, para além do aumento do poder de compra, em particular, na redução da pobreza laboral; no estímulo à formação profissional; na dinamização da procura interna; no aumento da receita fiscal; no acréscimo das contribuições sociais; na redução do endividamento das famílias”.

Por isso, a Inter defende o aumento geral dos salários em todos os setores de atividade, tanto públicos como privados, no âmbito da contratação coletiva.