“Não quero que esta decisão nos distraia da nossa missão, nem que comprometa esta instituição e o nosso projeto europeu, nem que seja utilizada de forma abusiva para dividir o Conselho Europeu, que, na minha opinião, deve trabalhar incansavelmente em prol da unidade europeia. […] Por todas estas razões, e para manter o foco da minha missão, não serei candidato às eleições europeias”, anunciou Charles Michel, numa mensagem na sua conta oficial do Facebook.
Vincando que irá dedicar “todos os esforços” às suas “responsabilidades atuais com uma determinação inabalável até ao seu termo”, o presidente do Conselho Europeu adiantou que, só no final do mandato, refletirá “sobre a natureza e a orientação dos compromissos futuros”.
A 06 de janeiro deste ano, Charles Michel anunciou que iria encabeçar a lista do partido liberal francófono MR às eleições europeias de junho, com vista a poder ocupar um cargo europeu (como o de eurodeputado ou outro) no próximo ciclo institucional.
Caso quisesse concorrer às europeias, o político liberal teria de deixar o cargo antes do esperado, a 16 de julho em vez do estipulado 30 de novembro, decisão relativamente à qual agora recua.
O anúncio surge a poucos dias de uma cimeira europeia extraordinária crucial, na quinta-feira em Bruxelas, para a UE avançar com apoio financeiro à Ucrânia e marcada pelo bloqueio húngaro, que põe em causa a unanimidade do Conselho Europeu.
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