A reunião, em Acra, capital do Gana, realiza-se dois dias depois de uma cimeira extraordinária da CEDEAO, em Abuja, ter anunciado que enviará a “força de reserva” da organização para repor a legalidade constitucional e restabelecer Mohamed Bazoum, o Presidente do Níger que foi derrubado por um golpe de Estado, em 26 de julho.

Após a reunião de Acra, os chefes de Estado-Maior transmitirão aos líderes da CEDEAO “as melhores opções” para a sua decisão de ativar e destacar a “força de reserva”, segundo fontes militares regionais.

A CEDEAO, que continua a tentar encontrar uma solução pacífica para a crise, não especificou qualquer calendário, nem o número ou a origem das tropas que compõem a sua “força de reserva”.

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, prometeu na quinta-feira enviar entre 850 e 1.100 soldados para contribuir para a força, que, segundo disse, poderá intervir “o mais rapidamente possível”.

O Níger está sob um regime militar, liderado pelo Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, chefiado pelo general Abdourahmane Tiani, que mantém o Presidente Bazoum e família detidos desde há mais de duas semanas, suspendeu a Constituição e nomeou um novo executivo.

Os membros do Governo saído desta ação militar, liderado por Ali Mahaman Lamine Zeine, é composto por 20 ministros e o seu anúncio foi utilizado para demonstrar a transição do poder no país africano, mas pode ser encarado como um sinal de desafio à CEDEAO.