Segundo fonte da Câmara de Lisboa, ainda não foi identificado o local de onde vem este cheio, mas a investigadora Carla Lopes da qualidade do ar diz ao SAPO24 o que poderá ter acontecido. “Pode vir mesmo de mais longe, não quer dizer que seja exatamente em Lisboa. Por norma, este tipo de odores podem vir de processamento de resíduos, numa qualquer infraestrutura”, começou por dizer, revelando depois as razões para Lisboa estar ‘debaixo’ deste odor.

“Tem a ver com as condições atmosféricas, primeiro o vento sul que vem a caminho de Lisboa e depois a evolução térmica baixa, que faz com que estes odores ficam mais concentrados num local. No entanto, tudo indica que a partir de hoje as condições de alterem e levem os odores para o Atlântico”, salientou, alertando para o facto que as previsões apontem para que o vento acalme durante o dia de hoje.

Quanto ao local propriamente dito, a razão para este cheio “a lagar”, deverá ser fácil de encontrar. “Como o vento vem de sul, a probabilidade de estar na margem sul, a poucos quilómetros, é muito grande. Apesar do vento o trazer para cima, no local o cheio deve ser ainda mais insuportável, de fácil localização, é uma questão de procurar. Certamente que as populações mais próximas já deram o alerta”, concluiu.

Nas redes sociais, são vários os que apontam o dedo a determinadas empresas, algumas na zona de Setúbal. Contactada pelo SAPO24, a autarquia diz ter recebido algumas queixas e adianta que está a investigar.