Entre as regiões afetadas nas últimas semanas por medidas de confinamento estão Xangai, a “capital” financeira do país, o centro tecnológico de Shenzhen e os importantes centros industriais de Changchun e Jilin.

Isto numa altura em que a maior parte do mundo elimina restrições, passando a coexistir com a doença.

“Devemos persistir e colocar as pessoas acima de tudo, as vidas acima de tudo (…) Devemos aderir à precisão científica”, disse Xi Jinping, durante uma visita à ilha de Hainan, no extremo sul do país, segundo a imprensa estatal.

“A atual pandemia global ainda é muito grave e não podemos relaxar o trabalho de prevenção e controlo. Só com persistência sairemos vencedores”, afirmou.

O coronavírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019. O bloqueio de Wuhan limitou significativamente a propagação do vírus no país.

Até aos surtos recentes, a China conseguiu praticamente extinguir a doença dentro das suas fronteiras. Desde o segundo trimestre de 2020 e até há alguns meses, enquanto várias partes do mundo enfrentavam medidas de confinamento, a vida decorria com normalidade no país asiático.

A estratégia chinesa é fonte de intenso orgulho para o Partido Comunista Chinês (PCC) e foi apontada por Xi como prova de “superioridade” do sistema político autoritário chinês, face à democracia de estilo Ocidental.

Mas os novos surtos, provocados pela altamente contagiosa variante Ómicron, rapidamente se espalharam por várias províncias e cidades do país.

As autoridades de Xangai anunciaram hoje que mais de 27.000 casos foram detetados nas últimas 24 horas, um número recorde no país.