O país asiático teria "mais de 500 ogivas nucleares operacionais em maio de 2023" e, "provavelmente, terá mais de 1.000 até 2030", segundo um relatório anual sobre o "poder militar chinês", encomendado pelo Congresso dos EUA.
O documento também descreve um Exército chinês em plena expansão e modernização, que exerce uma forte pressão sobre Taiwan, a ilha autónoma cuja soberania é reivindicada por Pequim.
Os números de ogivas são similares às de um relatório do Pentágono de 2021, mas um alto funcionário da Defesa insiste em que "está a caminho de superar" as estimativas de Washington.
"Não estamos a sugerir uma grande mudança na direção que pareciam tomar (...), mas sim a indicar que estão a caminho de superar as projeções anteriores" e isso, "obviamente, gera muitas preocupações", acrescentou. E pediu "mais transparência" a Pequim.
O relatório aponta também que a China tenta melhorar sua capacidade para lançar essas ogivas da terra, de um avião ou de um submarino, e "provavelmente completou" a construção de instalações de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais que contam com mais de 300 silos no total.
Em comparação, os Estados Unidos possuem 3.708 ogivas nucleares e a Rússia, 4.489, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), que contabiliza 410 para a China.
Os Estados Unidos consideram a China o seu principal desafio politico-estratégico e "o único rival com desejo e, cada vez mais, capacidade para mudar a ordem internacional".
Apesar de as relações entre Pequim e Washington serem muito tensas, nos últimos meses, o diálogo bilateral foi reaberto. Contudo, a China continua a negar ter uma comunicação direta de alto nível entre comandos militares.
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