A ordem, que exige que órgãos de comunicação chineses registem os seus funcionários nos Estados Unidos, surge numa altura de crescente tensão entre os dois países.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Liajian, designou a medida de “opressão política”.

“A China opõe-se firmemente e condena veementemente as ações irracionais dos EUA”, disse Zhao, em conferência de imprensa.

“A China insta os Estados Unidos a mudarem de curso, a corrigirem os seus erros e a pararem a opressão política e restrições irracionais impostas à imprensa chinesa”, apontou.

As últimas medidas aplicam-se a seis jornais chineses e outros órgãos e aumentam o número total de órgãos afetados para 15.

A administração Trump impôs anteriormente limites sobre o número de funcionários que podem trabalhar para órgãos de comunicação chineses no país e reduziu a duração dos vistos para 90 dias.

Pequim retaliou com a expulsão de jornalistas do The New York Times, The Washington Post e The Wall Street Journal e concedeu aos jornalistas norte-americanos vistos de dois meses.

O Governo de Donald Trump afirma que os funcionários chineses agem mais como propagandistas e agentes do Partido Comunista Chinês do que jornalistas.

As medidas mais recentes aplicam-se aos órgãos chineses Yicai Global, Jiefang Daily, Xinmin Evening News, China Press, Beijing Review e Economic Daily.

A medida abrangia já a Xinhua News Agency, China Global Television Network, China Radio International, China Daily Distribution Corp., Hai Tian Development USA, China Central Television, China News Service, o Diário do Povo e o Global Times.

Este ano, Washington ordenou ainda o encerramento do consulado da China na cidade de Houston. Pequim retaliou com o encerramento do consulado dos EUA na cidade chinesa de Chengdu.