O comunicado emitido pelo ministério cita uma conversa por telefone entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken.
De acordo com o texto, Wang frisou que a China está “disposta a comunicar e dialogar com os Estados Unidos para promover uma abordagem suave na questão afegã, visando evitar nova guerra civil ou um desastre humanitário, e para que o país não se converta num viveiro e refúgio para o terrorismo”.
Wang indicou que Pequim vai tentar “encorajar os afegãos a estabelecer um país aberto, de acordo com as condições nacionais, e com uma estrutura política inclusiva”.
“Os factos revelam, mais uma vez, que é difícil afirmar, por meio da imposição, modelos estrangeiros em países com história, cultura e condições nacionais diferentes”, observou Wang Yi.
Aquele argumento é frequentemente utilizado pela diplomacia chinesa para refutar acusações sobre o caráter totalitário do regime chinês e violações dos direitos humanos no país.
“Um regime não pode durar sem o apoio do povo”, declarou o ministro chinês, acrescentando que “resolver os problemas pela força e por meios militares só aumenta os problemas”.
“Devemos refletir seriamente sobre este ensinamento”, realçou.
No que diz respeito às relações entre os dois países - que se deterioraram desde a presidência de Donald Trump (2017-2021) - a China acredita que o caminho certo é “encontrar uma forma de as duas grandes potências coexistirem pacificamente”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma declaração sucinta, na qual indicou que Blinken e Wang “falaram sobre os acontecimentos no Afeganistão, incluindo a questão da segurança” e os esforços de ambos os países para garantir a segurança dos respetivos cidadãos.
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