As empresas afetadas são a Inter-Coastal Electronics, System Studies and Simulation, IronMountain Solutions, Applied Technologies Group, Axient, Anduril Industries e Maritime Tactical Systems, que serão proibidas de qualquer atividade de importação ou exportação de ou para o país asiático, informou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.

Estas empresas não serão autorizadas a efetuar novos investimentos na China e os seus gestores estão proibidos de entrar no país.

As medidas anunciadas pelo ministério entraram hoje em vigor.

O Ministério do Comércio acusou estas empresas de se envolverem na venda de armas a Taiwan “apesar da forte oposição” de Pequim, o que “prejudica seriamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento” da China.

“As entidades estrangeiras que são honestas e cumpridoras da lei não devem estar preocupadas de todo”, afirmou o ministério, acrescentando que o “Governo chinês, como sempre, dá as boas-vindas às empresas de todo o mundo para investirem e prosperarem na China”.

As sanções foram anunciadas no mesmo dia em que dois veículos aéreos não tripulados (‘drones’) militares chineses circulavam em torno de Taiwan, informou o Ministério da Defesa Nacional (MND) da ilha.

De acordo com o último relatório diário da agência, 24 aviões chineses, incluindo caças e bombardeiros, sobrevoaram as imediações de Taiwan nas últimas 24 horas, 21 dos quais atravessaram a linha do Estreito e entraram nas regiões norte, sudoeste e leste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, mas não penetraram no espaço aéreo de Taipé.

As tensões entre a China e Taiwan, uma ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pelas autoridades de Pequim uma  província chinesa, aumentaram após a tomada de posse do presidente pró-independência da ilha, William Lai, em maio do ano passado.

As autoridades da ilha estão a acompanhar de perto a política da administração norte-americana em relação à China após 20 de janeiro, uma vez que Washington é o principal fornecedor de armas a Taipé e poderia defender a ilha em caso de conflito com Pequim.

Apesar de ter reforçado a assistência militar a Taipé no seu primeiro mandato, Donald Trump teceu várias críticas a Taiwan durante a sua última campanha eleitoral, garantindo que a ilha “roubou” a indústria norte-americana de semicondutores e que deveria pagar a Washington pela sua defesa, declarações que o Governo da ilha tentou relativizar.