Após a entrada em vigor da Norma Nacional VI B, que inclui restrições mais rigorosas a elementos poluentes como o monóxido de carbono e os óxidos de azoto, vai ser proibida a venda, produção e importação de automóveis que não cumpram os novos requisitos, informou hoje o jornal oficial Global Times.
O novo regulamento implica a realização de testes na estrada em condições reais, algo que não era exigido no sistema atual.
A Associação de Fabricantes de Automóveis da China disse na terça-feira que existem atualmente cerca de 1,89 milhão de veículos no país que não atendem aos novos padrões.
O analista Wu Shuocheng, citado pelo jornal, disse que a implementação dos novos padrões “vai acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos entre os fabricantes que não são capazes de adotar as mudanças tecnológicas necessárias para os novos padrões”.
O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou, em 2020, que o país atingiria o pico de emissões de carbono em 2030, e a neutralidade de carbono até 2060, face a crescentes preocupações globais com as mudanças climáticas.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos.
A dimensão do mercado automóvel chinês, o maior do mundo, propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.
A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.
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