O fenómeno, que não era observado nesta época do ano desde 2015, surpreendeu turistas e moradores de localidades próximas, que se acostumaram nos últimos anos a tal espetáculo, mas não antes de setembro.
"A chuva de 11-12 milímetros que caiu em abril, somada a uma nebulosidade baixa intensa na região, que molha todas as noites essas superfícies, ajudou na ativação dessas plantas", explicou à AFP César Pizarro, da Corporação Nacional Florestal.
O especialista frisou que o fenómeno não tem relação com o chamado Deserto Florido, que ocorre na primavera. Enquanto aquela paisagem se estende por 15 mil quilómetros quadrados, as flores de agora apareceram em uma área bem menor, de 300 a 400 quilómetros quadrados.
Quando o Deserto Florido acontece em todo o seu esplendor, mais de 200 espécies de plantas florescem. Agora, a principal protagonista tem sido a "pata de guanaco", uma flor arroxeada que precisa de pouca água e prefere terrenos arenosos.
O alcance da floração precoce está a ser analisado. Os cientistas ainda não determinaram se "o que ocorreu no inverno de 2015 e 2024 tem relação direta com as mudanças climáticas ou com os fenómenos El Niño e La Niña", disse Pizarro.
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