Uma porta-voz do serviço de informações CIA, Heather Fritz Horniak, afirmou que “o público norte-americano deveria inquietar-se com qualquer publicação pela Wikileaks que tem por objetivo alterar a capacidade da comunidade das informações de proteger os EUA dos terroristas e de outros adversários”.

Segundo o diário Washington Post, a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) prepara-se para “uma grande caça às toupeiras” para determinar como a rede de divulgação de informações secretas Wikileaks obteve os documentos.

Estes últimos, que a CIA não autenticou, descrevem mais de um milhar de programas nocivos (como vírus) que permitem assumir o controlo de aparelhos eletrónicos, como ‘smartphones’ ou televisores ligados em rede, e até viaturas, para espiar os seus utilizadores.

Aceder diretamente a estes aparelhos pessoais permite escutar os seus utilizadores e contornar as proteções através da encriptagem que se generalizam em redes sociais como WhatsApp, Facebook ou Signal.

O assunto coloca de novo as autoridades norte-americanas em divergência com o setor tecnológico, com o qual as relações já eram tensas desde que Edward Snowden mostrou em 2013 como uma outra agência dos serviços de informações, a NSA (sigla em inglês de Agência de Segurança Nacional), podia aceder aos servidores da Apple, Google ou Microsoft.