"Acho que o presidente Xi e a liderança chinesa estão um pouco preocupados com o que veem na Ucrânia", disse o funcionário a um comité do Congresso dos Estados Unidos. "Eles não previram as dificuldades significativas que os russos encontrariam", explicou.

Quase duas semanas após a invasão, as tropas russas estão paralisadas na Ucrânia, tendo perdido até 4.000 soldados, de acordo com uma estimativa do Pentágono, e enfrentando uma resistência inesperadamente forte das forças ucranianas.

A China, que mantém boas relações com Moscovo, até agora evitou condenar a invasão da Ucrânia e limitou-se a "lamentar" o conflito, assegurando que "entende" as preocupações de segurança da Rússia.

Durante a sua audiência no Congresso dos Estados Unidos, o chefe da CIA considerou ainda que a China estava “preocupada” com o impacto que a sua proximidade ao governo de Putin poderia ter na sua “reputação”, acompanhando também de perto as possíveis repercussões na economia chinesa.

Xi Jinping reiterou a oposição de princípio do seu país às sanções internacionais numa chamada com os líderes da França e da Alemanha nesta terça-feira, dizendo que as medidas tomadas contra Moscovo "causarão danos a todas as partes", segundo a imprensa chinesa.

No Congresso dos Estados Unidos, o diretor da CIA também considerou que a China está "um pouco contrariada" com a maneira como "Vladimir Putin aproximou enormemente europeus e americanos".