Segundo revela hoje a autarquia, que gere esse equipamento cultural, o evento pretende constituir-se como uma "aposta na oxigenação vibrante desta emblemática forma de expressão nacional" e propõe para o efeito "um encontro entre vanguarda e contemporaneidade".

Com preços individuais por concerto ou passe geral para os dois dias de espetáculos, o ciclo apresenta assim em cartaz "artistas de renome internacional e acarinhados rostos do território".

O destaque vai para Ricardo Ribeiro, que em 2005 recebeu o Prémio Revelação Masculina da Fundação Amália Rodrigues, em 2011 foi eleito pela mesma instituição como o melhor intérprete masculino de fado e em abril de 2017 foi pela segunda vez nomeado "Melhor Artista do Ano" pela revista britânica "Songlines".

Atualmente em digressão internacional, o fadista passa agora pelo Cineteatro António Lamoso não apenas para apresentar em palco o seu mais recente disco, "Hoje é assim, amanhã não sei", mas também para proferir o que é anunciado como uma "conversa/workshop" sobre as novas tendências do género musical em que se afirmou.

Mediante inscrição prévia nos serviços do cineteatro, a iniciativa está aberta a um número máximo de 15 participantes e, sob o tema "Fado: Alegria Descontente", vai "desvendar os caminhos da canção que, enquanto expressão triste e quase trágica, acaba por se transformar numa festa".

Outra artista incluída no programa do ciclo de fado do Cineteatro António Lamoso é Celeste Rodrigues, "irmã mais nova de Amália Rodrigues" e "a mais antiga fadista de Lisboa em atividade".

O Museu do Fado refere-a também como "uma fadista tradicional das mais conceituadas do universo musical português", acrescentando que é "considerada uma referência pelas mais jovens gerações de intérpretes".

Quanto aos intérpretes de Santa Maria da Feira, serão David Xavier e Mafalda Campos Leite. O primeiro participou no programa televisivo "Uma Canção para ti" e explorou vários registos musicais até se fixar no fado. A segunda é a soprano lírica que a autarquia descreve como uma "exímia solista" e cujo repertório também inclui incursões no género classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade.