A denominada “Cimeira da Juventude”, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, arranca com um discurso de António Guterres, lançando um dia completo de painéis de discussão liderados por adolescentes e jovens adultos que, segundo o secretário-geral, estão a demonstrar liderança e “estão absolutamente corretos em pressionar para fazer melhor e unir através da ciência”.
Entre os jovens ativistas mais mediáticos com presença prevista estará a adolescente sueca Greta Thunberg, que deu origem ao movimento “Greve Mundial pelo Clima”.
A “cimeira da juventude” inclui também um fórum intergeracional, onde os jovens poderão falar diretamente com líderes políticos de todo o mundo, que levarão a discussão ao alto nível político na segunda-feira, com a apresentação de planos nacionais, iniciativas público-privadas, estratégias e projetos que as Nações Unidas pretendem que sejam audazes e concretos.
As conferências deste fim de semana são dedicadas a temas como empreendedorismo, soluções tecnológicas limpas, adaptação e mitigação de efeitos das alterações climáticas, transformação das cidades e infraestruturas ou implicações político-sociais do clima.
Paralelamente, centenas de milhares de jovens começaram na sexta-feira uma semana de manifestações em todo o mundo, naquela que se anuncia como a maior mobilização jamais organizada para exigir aos adultos ações contra as alterações climáticas.
Juntando-se ao movimento iniciado em 2018 por Greta Thunberg, jovens boicotam as aulas para esta simbólica “greve mundial pelo clima”, que deve culminar com uma manifestação marcada para Nova Iorque, onde se realiza na segunda-feira a Cimeira da Ação Climática convocada pelo secretário-geral da ONU.
No total, mais de 5.000 eventos estão previstos em todo o planeta e Greta Thunberg, que participará na manifestação de Nova Iorque, apelou na sexta-feira, num vídeo, à juventude para se preparar para o combate.
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