Num breve comunicado divulgado no domingo à noite, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) adianta que, desde o dia 19 de março, quando começou a atividade sismovulcânica, e “até ao momento, foram identificados cerca de 202 sismos sentidos pela população”.
“Desde as 10:00 (11:00 em Lisboa) às 22:00 do dia 27 de março, foram sentidos quatro sismos”, precisou o CIVISA, que não divulgou o número total de sismos registados no domingo.
De acordo com o Centro, o “sismo mais energético” ocorreu no dia 19 de março, às 18:41 (19:41 em Lisboa), com uma magnitude de 3,3 na escala de Richter.
Acrescenta que a “atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (17:05 em Lisboa) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge (…) continua acima da média”.
Na sua viagem aos Açores, onde se deslocou para se por a par do ponto da situação da crise sísmica, o presidente da República defendeu hoje que “não há razões para alarmismo”, tendo em conta os dados conhecidos, e apelou aos cidadãos para que “acreditem nos especialistas”.
“Perante o que ouvi até agora, a palavra a dar é de tranquilidade e serenidade. Não há razões para entrar na situação de alarmismo não justificado até ao presente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou estações de acompanhamento da crise e assistiu a um briefing do CIVISA.
A ilha de São Jorge contabilizou mais de 14 mil sismos, cerca de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica, segundo os dados oficiais mais recentes.
O número de sismos registados é mais do dobro do total contabilizado em toda a região autónoma dos Açores durante o ano 2021.
Cerca de 2.500 pessoas já saíram do concelho das Velas, centro da crise sísmica, das quais 1.500 por via aérea e marítima, e as restantes para o concelho vizinho da Calheta, considerado mais seguro pelos especialistas.
A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4(ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
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