O assunto será tratado numa próxima reunião da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, ainda sem data marcada, segundo um ofício da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a que a Lusa teve acesso, e que dá conta da receção do requerimento para abertura deste processo de classificação, entregue em finais de outubro, por arqueólogos e investigadores.

Segundo este ofício, os conselheiros já visitaram o local, tendo abordado o assunto numa reunião no passado dia 21 de outubro. Aguardam-se agora pareces externos, pedidos a peritos, "de modo a solicitar à equipa projetista as alterações necessárias" à preservação dos vestígios da antiga mesquita almorávida, conforme estipula o despacho da ministra da Cultura, Graça Fonseca, de 14 de outubro último.

O requerimento de classificação foi assinado pelos arqueólogos e investigadores Hermenegildo Fernandes, Jacinta Bugalhão e Manuel Fialho Silva, considerando que os vestígios, enquanto bens patrimoniais "estão abrangidos pela classificação de Monumento Nacional da Sé de Lisboa", mas pretendem um reforço legislativo, "em face das dúvidas levantadas sobre este estatuto legal, e também porque os bens em causa merecem classificação explícita e específica".

Propõem assim, os signatários, a "ampliação da classificação" existente.

As obras nesta área arqueológica do claustro da Sé estão suspensas, disse à Lusa a assessoria de imprensa da DGPC.

A Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura costuma realizar uma reunião todos os meses.