Em comunicado enviado à agência Lusa, o produtor norte-americano de canabinoides de qualidade farmacêutica revelou que a expansão já foi aprovada pelo INFARMED, entidade reguladora com a tutela da indústria farmacêutica em Portugal.
Esta aprovação vai permitir à empresa “duplicar a capacidade de produção” de canábis, que passa de cerca de 10 mil para 24 mil metros quadrados de estufas de alta tecnologia.
O projeto de expansão, da propriedade que a Clevers Leaves detém na freguesia de São Teotónio (Odemira), inclui “uma instalação dedicada e concebida especificamente para fins de Pesquisa Aplicada”, indicou.
De acordo com a empresa, além da expansão da produção, o INFARMED renovou “a licença da Clever Leaves para cultivar, importar e exportar produto de qualidade farmacêutica”.
Uma decisão que o operador do mercado de canábis medicinal considerou “essencial” para prosseguir os seus “esforços de continuada expansão” e de “desenvolvimento da investigação” no concelho de Odemira.
Esta expansão “permitirá, não apenas elevar a produção comercial para um padrão de qualidade ainda mais elevado, como também reforçar o foco na atenção dada à testagem e estabilização de novas variedades da planta da canábis”, disse a empresa.
Vai permitir também o reforçar o “desenvolvimento contínuo de novos produtos, através de várias técnicas e processos de Investigação Aplicada”, pode ler-se no comunicado.
A produção da Clever Leaves a partir de Portugal tem sido exportada para países como o Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e Israel, apesar dos “requisitos distintos no que respeita às especificações que devem ser cumpridas para permitir a entrada deste tipo de produtos em cada país”, referiu.
Por isso, “o espaço adicional em estufa” vai permitir “uma maior adaptação dos esforços de cultivo à regulamentação específica de cada país, o que resultará no aumento da capacidade de exportação e na maior diversificação dos países para os quais as exportações são feitas”, acrescentou a empresa.
“As nossas operações portuguesas, no ano passado, já permitiram estabelecer um patamar histórico no comércio global de canábis”, realçou o presidente executivo da Clever Leaves, Kyle Detwiler, citado no comunicado.
O mesmo responsável manifestou-se otimista em relação ao que a empresa conseguirá “alcançar no mercado internacional em 2022”, graças a “esta nova aprovação concedida para a expansão” das operações.
A produção nas novas instalações de cultivo “foi já iniciada”, revelou a empresa, que disse esperar que “os primeiros produtos estejam prontos para o mercado no segundo ou terceiros trimestres de 2022”.
Em paralelo, decorre “a bom ritmo” a obra de construção do projeto de expansão que a Clever Leaves está a levar a cabo, no Parque Empresarial da Península de Setúbal, para aumento das suas capacidades de processamento pós-colheita em Portugal, o qual deverá estar “completamente operacional no final de 2022”.
O primeiro lote comercial de 30 quilos de flor seca de canábis da Clever Leaves foi exportado das instalações de cultivo em São Teotónio em outubro deste ano.
Em Portugal desde 2019, a Clever Leaves tem expandido a sua operação e, em maio, anunciou a instalação de uma nova unidade de pós–colheita de canábis medicinal de grau farmacêutico no Parque Empresarial da Península de Setúbal, para secagem, corte e embalamento da flor de canábis.
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