"A relutância por parte de outros atores globais - começando pela administração Trump - em tomar medidas decisivas para enfrentar o que hoje é a maior ameaça para o nosso planeta deve ser um incentivo adicional para continuarmos no caminho escolhido", defendeu hoje Antonio Tajani, na conferência sobre o financiamento de energia limpa, promovida pelo Parlamento Europeu e a Comissão Europeia, em Bruxelas.
O responsável disse estar convencido que "os empecilhos" que surgiram não vão impedir a União Europeia de seguir o caminho para a redução de emissões poluentes, maior eficiência energética e energia renovável, referindo que a decisão de Trump "não impedirá a cooperação tecnológica e industrial com cidades e estados norte-americanos".
A atestar esta cooperação, esteve o governador da Califórnia, estado que foi apontado como um "modelo", depois da redução em 36% das emissões poluentes desde 1990 e a criação de mais de 500 mil empregos no setor das renováveis, sendo responsável por 15% de toda a energia limpa produzida nos Estados Unidos.
"Temos normas muito rigorosas, que foram aprovadas pela administração Obama. Estamos convencidos que é possível continuar o caminho", afirmou o governador Jerry Brown, realçando que "só é possível lidar com a ameaça se houver cooperação global".
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou, em junho, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris relativo às alterações climáticas, considerando o tratado "desvantajoso para os Estados Unidos" e pouco exigente para com a China e a Índia.
"Não vejo nada que se possa atravessar no nosso caminho" para relançar a economia norte-americana, disse Trump, que acrescentou estar pronto para negociar um novo acordo sobre o clima "em termos justos para os Estados Unidos".
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