Os dois lados comprometeram-se a fazer todos os possíveis para “criar um ambiente favorável à paz” quando as negociações começarem, no dia 27, de acordo com um comunicado conjunto divulgado no Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano, em Caracas.
A decisão surge depois de Santos ter conquistado o Prémio Nobel da Paz, mesmo com a rejeição em referendo do processo do acordo de paz que tinha fechado com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
“Tentamos negociar com o ELN há quase três anos para pôr fim ao conflito armado com eles também (…) Agora que estamos a avançar com o ELN, vamos ter paz total”, disse Santos em Bogotá.
O ELN libertou um refém civil, segundo a Cruz Vermelha, antes do que classificaram como um “anúncio importante” sobre potenciais negociações de paz com o Governo.
Esta foi a terceira libertação de reféns em duas semanas pelo ELN.
A Colômbia e o ELN acordaram em março lançar negociações de paz, em paralelo com as conversações do Governo com as FARC.
Mas o Governo disse que as negociações com o ELN não podem começar antes de o grupo libertar todos os reféns.
“Em breve não haverá mais civis nas mãos das guerrilhas. Esse é o acordo”, disse à agência AFP uma fonte próxima das negociações, sob condição de anonimato.
No texto apresentado em Caracas, o ELN compromete-se a “iniciar o processo de libertação de reféns antes de 27 de outubro”.
O líder máximo das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como ‘Timochenko’ apoiou o início da fase pública do processo de paz entre o Governo e o ELN.
“Contam com o nosso apoio militante e solidário. [Desejo] muitos êxitos nesse processo que hoje [segunda-feira] iniciam”, disse, através da sua conta de Twitter.
Por seu lado, o chefe negociador das FARC nos diálogos de paz, Luciano Marín, destacou o acontecimento: “O acordo entre o ELN e o Governo para começar os diálogos é muito boa notícia para o país”.
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