Colonato designado como “selvagem” por ter sido construído sem autorização israelita, Eviatar tem cerca de 50 famílias instaladas desde o início de maio numa colina perto da cidade palestiniana de Nablus.
Até às 16:00 (14:00 em Lisboa) de sexta-feira, o local deve ser abandonado e o exército israelita instalar-se-á no local, pelo menos temporariamente, indicou o secretário do governo, Shalom Shlomo, num memorando dirigido ao primeiro-ministro, Naftali Bennett, e ao ministro da Defesa, Benny Gantz.
As casas móveis dos colonos não serão destruídas enquanto o Ministério da Defesa examina os direitos de propriedade das terras para determinar “o mais rapidamente possível” se podem ser consideradas israelitas.
Nesse caso, uma ‘yeshiva’ (escola de estudos religiosos) e “bairros residenciais” serão construídos no local, segundo o referido texto.
A Cisjordânia é um território palestiniano ocupado desde 1967 por Israel. Todos os colonatos na região são considerados ilegais face à lei internacional.
Os colonos de Eviatar tinham indicado no início da semana terem chegado a um acordo com as autoridades, mas apenas o Ministério do Interior confirmou essas informações, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa não tinham comentado.
A instalação do colonato de Eviatar provocou uma vaga de manifestações de palestinianos que vivem nos arredores e nomeadamente na aldeia próxima de Beita.
Quatro palestinianos foram mortos num mês em confrontos com o exército israelita à margem das manifestações em Beita.
O ministro da Defesa tinha ordenado a evacuação do colonato, mas a decisão foi suspensa pelo então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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