Uma chaminé vitoriana em Leeds - vista pelos activistas como um marco histórico local significativo - deve ser encurtada devido a receios de segurança, conta o The Guardian.

A estrutura de 33 metros tem mais de 150 anos e faz parte dos moinhos de Stonebridge em Farnley, que estão a ser transformados em casas como parte de uma remodelação de 25 milhões de libras.

Os envolvidos na avaliação do estado da chaminé disseram que a mesma estava "gravemente danificada", rachada em quatro lados, e avisaram que o topo da chaminé precisava de ser removido "por razões de segurança pública". Por isso, planeiam reduzir a altura da chaminé em seis metros, para 27 metros.

O grupo de ativistas Leeds Civic Trust, um dos vários que se opõem à sua remoção, disse que a decisão, tomada numa reunião de planeamento da Câmara Municipal de Leeds na passada quinta-feira, foi "dececionante", mas "aceitam com relutância" que as preocupações de saúde e segurança possam ter sido insuperáveis.

Martin Hamilton, responsável do grupo, apoia o esquema de reabilitação do local como um todo. "O desenvolvimento é uma mistura simpática de velho e novo. A nossa objeção ao desmantelamento da chaminé baseou-se numa visão de que todas as opções para a manter deveriam ser consideradas em primeiro lugar".

No geral, a opinião repete-se. David Blackburn, conselheiro do Partido Verde, disse que o marco local era a "porta de entrada" para Farnley e Wortley.

"Faz parte da nossa história que remonta há quase 200 anos e perdemos demasiado dos velhos marcos nesta área", acrescentou.

Também Trish Smith, uma conselheira conservadora, referiu que, embora aceitasse as necessidades de segurança das obras, a chaminé era "digna de ser salva intacta para as gerações futuras".

"Os vitorianos nem sempre construíram segundo padrões exigentes e nem tudo era ornamentado; contudo, este foi um verdadeiro marco na área e é uma pena que não tenha sido possível encontrar uma solução de engenharia para preservar este importante pedaço de património", rematou.