Os dados foram calculados pela Confederação Nacional dos Industriais e faz parte de um estudo que será entregue aos principais candidatos às eleições presidenciais de outubro próximo durante um debate que a entidade irá promover na próxima quarta-feira em Brasília.

O estudo, divulgado hoje pelo diário O Globo, soma tanto o que o Governo investe em segurança e no sistema prisional como o que o setor privado gasta para financiar a sua segurança e os custos adicionais gerados pela violência.

Segundo a associação patronal dos industriais, os gastos públicos consomem anualmente 101.000 milhões de reais (22.279 milhões de euros) e os dos privados ascendem a 264.000 milhões de reais (58.236 milhões de euros).

O estudo indica que os gastos gerados pela crescente violência no Brasil equivalem tanto à produção agropecuária do país (5,3% do PIB) como ao dos recursos gerados pela construção (5,2%).

Igualmente revela que, perante o aumento da insegurança, o Estado aumentou em 27,5% os seus investimentos em segurança entre 2007 e 2016.

Apesar deste aumento, os roubos de carga no Brasil cresceram 31% no período de 10 anos analisados e os assaltos a instituições financeiras aumentaram 47%.

O Brasil, com um total de 62.517 homicídios em 2016, registou nesse ano, pela primeira vez, uma taxa superior a 30 mortes por cada 100.000 habitantes, o que o coloca como um dos países mais violentos do mundo.