"Temos uma frente que já passou a zona industrial e está numa zona de eucaliptal, na freguesia de Sarzedo, outra frente que vem na direção da aldeia de Sarzedo e depois temos também ao redor de Arganil uma frente bastante ampla", afirmou o autarca, referindo ainda que há outra frente "no alto concelho".

Segundo o presidente da Câmara de Arganil, há alguns feridos "com algumas queimaduras" provocadas pelo incêndio.

"Neste momento, não há rede de telemóvel. Está a ser difícil poder comunicar, daí também ser difícil combater o incêndio", sublinhou.

Apesar disso, para o autarca, o incêndio teve um "desenvolvimento muito maior" no domingo, "mas hoje ainda está a ser difícil" de o combater.

De acordo com a Proteção Civil, registaram-se duas vítimas mortais em Arganil.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 32 mortos e sete desaparecidos, aos quais se juntam 56 feridos, 16 deles em estado grave, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.