Antes do discurso inicial disse aos jornalistas que esta "é uma noite muito feliz".
Numa sala mais vazia do que no dia da sua apresentação de candidatura começa o discurso por agradecer aos militantes do partido socialista, o partido que "foi é e continuará a ser o maior partido político em Portugal". "Um partido popular que representa o nosso povo e que esteve mais uma vez à altura das circunstâncias".
O agora líder do Partido Socialista agradece pormenorizadamente aos membros da sua campanha e lembra o centenário do militante número um do partido, Mario Soares.
Depois segue para agradecer "aos camaradas que foram circunstancialmente adversários internos". Continua agradecendo as contribuições dos dois e que "contamos obviamente com eles para a unidade do PS". Lembrando que no PS se debate, mas no fim do dia tem a "capacidade de se unir" e de "continuar inteiro". “Contamos com eles para a unidade. No PS, fazemos confrontos internos, mas terminados ficamos unidos. Somos um partido inteiro. O PS sempre teve essa capacidade de se unir”
E, depois de uma alfinetada ao número mais elevado de líderes do PSD, assinalou que o PS, desde a sua fundação, em 1973, apenas teve nove líderes até hoje, enquanto o PPD, fundado em 1974, já teve 19 presidentes; “é essa a estabilidade que nos caracteriza que também projetamos para o país”, agradece ao último líder do PS, António Costa. Com quem teve "o orgulho" de estar desde o primeiro momento até à sua saída. E continua a elogiar as bandeiras do Governo liderado por Costa. "Temos um orgulho imenso em António Costa".
Da união do partido, "é um partido inteiro que agora temos", passa para o "país inteiro" e no trabalho que ainda falta fazer para ser um país uno num discurso pejado de frases repetidas e de lugares comuns. País esse a que tira uma radiografia pondo a tónica nos jovens e nos pensionistas. Garantindo que as suas medidas serão de continuidade, porque o PS tem feito um caminho nestas matérias.
Jovens, pensionistas e mulheres. "Temos que conseguir que as atividades onde predominam mulheres sejam melhor remuneradas". "Não seremos nunca um país decente se não dermos melhores condições às melhores".
Os trabalhadores e as condições dos trabalhadores são parte central no discurso de Pedro Nuno Santos, e tal como em todos os pontos elogia o trabalho feito pelo Partido Socialista e o caminho de continuidade que quer continuar.
E no que às empresas diz respeito diz que não quer um Estado forte contra as empresas, mas sim um Estado que trabalha em parceria com as empresas.
E depois de uma campanha durante o pior mês do SNS, diz "queremos salvar o SNS".
Num discurso de "nós" contra "eles", Pedro Nuno Santos apropria-se das herança de Costa e fala nas contas certas e na diminuição da dívida pública. Manifestou-se hoje confiante na unidade do seu partido para as legislativas, apontando-o como exemplo de estabilidade por ter na sua história apenas nove líderes contra 19 do PPD/PSD.
O grande negociador da geringonça termina afastando essa possibilidade, porque o PS é um país europeista.
Nas respostas aos jornalistas fica por saber qual será o papel que está reservado a José Luís Carneiro. Mas diz que o quer na campanha, assim como António Costa "sempre bem-vindo". Sempre que o nome de Costa é referido a sala irrompe em palmas. "Não aproveitar a sagacidade e a inteligência de António Costa seria tonto da minha parte".
Depois de ter acusado vários partidos de serem radicais, recusa e critica a ideia de que o país se divide entre radicais e moderados. "Não sou nem radical, nem moderado. Sou socialista".
Mas à questão acerca do aumento dos professores apenas diz que o Orçamento de Estado vai ser cumprido como foi aprovado, deixando por explicar como esse aumento será feito.
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