O representante dos trabalhadores da Autoeuropa falava à agência Lusa depois de participar na primeira reunião do encontro anual de representantes dos trabalhadores do grupo Volkswagen em todo o mundo, que teve hoje início e que decorre até 8 de dezembro na Alemanha.
"Não houve nenhuma novidade em relação à fábrica da Autoeuropa, como já se previa, o que é um bom sinal, porque significa que a Autoeuropa não será afetada pela redução de pessoal prevista no grupo Volkswagen", disse à agência Lusa António Chora, lembrando que está prevista uma redução de 30.000 trabalhadores no grupo alemão, 23.000 dos quais nas fábricas da Alemanha.
De acordo com aquilo que está previsto pelo grupo Volkswagen, a fábrica da Autoeuropa não só não será afetada pela redução de pessoal como deverá contratar mais de mil novos trabalhadores, a juntar aos atuais 3.600 que já trabalham em Palmela, tendo em vista a produção de um novo veículo naquela unidade industrial, a partir do segundo semestre de 2017.
A redução de pessoal no grupo Volkswagen, que se insere num plano de recuperação económica da empresa, surge na sequência da fraude detetada nas emissões de gases de alguns veículos da marca alemã, que levou a empresa a aceitar um acordo que prevê o pagamento de uma indemnização de 15 mil milhões de dólares (cerca de 13,9 mil milhões de euros ao câmbio de hoje) às autoridades norte-americanas.
A medida insere-se também na nova estratégia da Volkswagen de apostar no desenvolvimento e na produção de veículos elétricos.
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