Em entrevista à RTP3, transmitida na noite de quarta-feira, Pedro Nuno Santos afirmou que a comissão técnica independente vai poder “incluir, se o entender, outras localizações na avaliação ambiental estratégica”, além das “que se conhecem”.
De acordo com o governante, essa possibilidade “é conferida” à comissão técnica independente.
“O país já estudou 17 localizações ao longo de 50 décadas e vamos agora introduzir mais uma”, realçou o ministro das Infraestruturas, lembrando que “todo o trabalho que foi feito antes ao longo dos últimos anos será também utilizado”.
Estimando-se terem sido gastos cerca de 70 milhões de euros em estudos para a localização do novo aeroporto, Pedro Nuno Santos escusou-se a comentar o investimento que será feito para a nova análise, dizendo apenas que “serão dadas as condições necessárias para que a comissão técnica faça bem o seu trabalho”.
A comissão técnica, segundo o ministro, vai ser liderada por um coordenador geral escolhido pelo primeiro-ministro, António Costa, mas sob a indicação do presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, do presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e do presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento sustentável.
“Estas três personalidades vão sugerir um coordenador geral que depois vai constituir seis equipas que vão trabalhar em seis dossiers diferentes”, acrescentou.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros vai aprovar o conjunto inicial de diplomas do processo para a decisão do novo aeroporto, incluindo uma proposta de lei para alterar o poder dos municípios sobre aeródromos de interesse nacional.
Há uma semana, Governo e PSD chegaram a acordo quanto à metodologia para avançar com a solução aeroportuária para a região de Lisboa, que passa por uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) com conclusões até final de 2023.
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