“O Conselho Executivo do COI decidiu hoje suspender o Comité Olímpico da Coreia do Norte [PRK NOC, na sigla inglesa] até ao final de 2022, como resultado da decisão unilateral de não participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020”, pode ler-se em comunicado.
Os norte-coreanos falharam o evento de verão na capital japonesa, alegando preocupações com a pandemia de covid-19 para não enviarem quaisquer atletas.
Esta suspensão tem três consequências principais, sobretudo deixando em aberto a presença de norte-coreanos em Pequim2022, um facto que, em caso de apuramento, será alvo de nova “decisão apropriada a seu tempo” pelo Conselho Executivo.
Os apoios financeiros do COI destinados ao PRK NOC, até aqui suspensos devido a sanções internacionais àquele país, são “definitivamente abandonados, dado que não contribuíram para o sucesso de Tóquio2020”.
Por fim, a decisão, passível de ser revista pelo COI, retira benefícios de assistência ou quaisquer programas de apoio a nível internacional ao desporto na Coreia do Norte até ao fim do próximo ano.
A Coreia do Norte foi o único país com comité olímpico a não marcar presença em Tóquio, mesmo depois de “várias conversas com o COI” e a entrega de “garantias sobre uns Jogos seguros, com propostas construtivas que levavam a uma solução apropriada e personalizada, incluindo a oferta de vacinas, sistematicamente rejeitadas pelo PRK NOC”.
A recusa em participar nuns Jogos Olímpicos é um incumprimento da Carta Olímpica, no que diz respeito às regras para comités olímpicos, levando à sanção hoje tomada pelo Conselho Executivo.
Segundo explicou o líder do COI, Thomas Bach, em conferência de imprensa, a situação no Afeganistão foi um dos temas da reunião periódica daquele organismo, ficando decidido estender todas as bolsas de desenvolvimento entregues a atletas afegãos.
“Como resultado dos nossos esforços, todos os atletas do Afeganistão que participaram nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 estão fora do país. Dois atletas de desportos de inverno também estão no estrangeiro e continuam a treinar, com vista a qualificarem-se para Pequim2022”, garantiu.
O COI continua a tentar disponibilizar vistos de cariz humanitário para retirar mais atletas do Afeganistão, onde o poder foi tomado pelos talibãs, e avisou desde já que não aceitará a substituição do comité olímpico nacional por qualquer outro organismo.
Comentários