“Continuarão a acontecer coisas em França e no mundo no próximo ano, mas quero recordar que nenhum desses acontecimentos teve impacto negativo em Paris2024”, notou Tony Estanguet, referindo-se também à covid-19 e às greves que paralisaram o país, além dos tumultos originados depois de Nahel ter sido morto a tiro por um polícia a 27 de junho, perto de Paris, durante um controlo de trânsito.
O presidente do comité organizador, que falava em conferência de imprensa, defendeu que a França “tem uma oportunidade formidável diante dela para realizar uns Jogos excecionais”, entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.
A organização começou esta segunda-feira com os primeiros testes para assegurar o bom funcionamento dos Jogos Olímpicos: um relativo à cerimónia de abertura, de âmbito técnico, nas águas do rio Sena, em Paris, e outro, mais desportivo, em Marselha, onde decorrerão as competições de vela, e que, segundo Estanguet, foi um sucesso.
O antigo canoísta olímpico reconheceu que o comité organizador ainda terá de enfrentar alguns desafios, entre eles questões de segurança, uma prioridade da organização de Paris2024, que promete “um dispositivo sem precedentes”.
O objetivo é evitar cenas como as vividas em maio de 2022 nas horas que antecederam a final da Liga dos Campeões de futebol, entre o Liverpool e Real Madrid, que os espanhóis ganharam por 1-0.
“Será o lugar do mundo em que estaremos em total segurança”, defendeu, apontando ainda os transportes como outro dos desafios mais difíceis: “Estamos tranquilos, porque, neste momento, já encontrámos soluções para quase todas as sessões”.
Estanguet abordou ainda a presença de russos ou bielorrussos, lembrando que é responsabilidade do Comité Olímpico Internacional e do Comité Paralímpico Internacional, e não do comité organizador, decidir se estes atletas podem ou não participar em Paris2024.
“A nós, compete-nos acolher os atletas que se qualifiquem e que estejam confirmados”, concluiu.
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