“Isto tem sido uma loucura. Até aqueles que tínhamos em exposição foram vendidos”, contou à Lusa um funcionário da loja de acessórios de automóveis de Portimão, no distrito de Faro.
A mesma fonte referiu que, desde o início do mês, as vendas naquela loja da cidade algarvia “dispararam” e que a média por pessoa tem sido de três a quatro jerricãs.
“Outro dia veio cá um senhor e comprou dois jerricãs de 20 litros e outro de 10 litros”, contou.
O mesmo cenário repete-se numa loja da mesma cadeia, mas em Braga, onde também já não existem jerricãs disponíveis.
“O aumento da procura começou há cerca de 15 dias e neste momento está totalmente esgotado”, disse à Lusa uma funcionária daquela loja.
O aumento da procura e venda de jerricãs também se verificou num dos principais revendedores deste recipiente, com sede na cidade do Porto.
Segundo dados enviados pela empresa à Lusa, entre o dia 01 de julho e o dia de hoje foram vendidos 16 mil jerricãs, mais de nove mil do que em igual período do ano transato.
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) convocaram uma greve a iniciar na segunda-feira, e por tempo indeterminado.
Esta greve ameaça parar o país em pleno mês de agosto, uma vez que vai afetar todas as tipologias de transporte de todos os âmbitos e não apenas o transporte de matérias perigosas. O abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços deve ser afetado.
O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia no dia 12 por tempo indeterminado.
Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.
O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.
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