Mais de 70 países apelaram a israelitas e palestinianos a comprometerem-se com a solução de dois Estados e a absterem-se de ações unilaterais que possam condicionar o resultado da negociação, sobretudo sobre fronteiras, Jerusalém e os refugiados, acrescentando que se essas ações forem tomadas eles não as reconhecerão.

Entretanto, o secretário de Estados dos Estados Unidos, John Kerry, garantiu hoje ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a conferência de Paris não terá consequências irreversíveis para Israel, nem tão pouco continuidade numa possível resolução de condenação na ONU.

Kerry, que participa na conferência, no que parece ser o seu último ato oficial de alto nível, telefonou a Netanyahu para lhe prometer que o documento final da reunião não referirá qualquer ação ou sanção na ONU ou outro organismo internacional até 20 de janeiro, quando o presidente norte-americano, Barack Obama, abandonará o cargo e será substituído por Donald Trump.

Israel acredita que a conferência de paz, convocada pela França e na qual participam cerca de 70 países, mas da qual estão ausentes israelitas e palestinianos, pode ser um novo elo na cadeia de pressões internacionais.