O departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) tem 23 acusações contra o representante republicano George Santos. De acordo com o diretor assistente do FBI James Smith, "Santos, alegadamente, liderou esquemas fraudulentos, mentindo ao povo americano no processo", afirmou em comunicado.

"Santos inflacionou as receitas declaradas da campanha com empréstimos inexistentes e contribuições que foram fabricadas ou roubadas", afirmou Breon Peace, Procurador dos Estados Unidos da América para o Distrito Leste de Nova Iorque, também em comunicado.

A acusação surge depois das 13 acusações de que o congressista se declarou inocente, em maio. Aí, era acusado de 'lavar' fundos da sua campanha para as suas despesas pessoais e ilegalmente levantar benefícios de desemprego, quando estava empregado.

Nessa altura, Santos classificou as acusações como uma "caça às bruxas" política. Até agora, o congressista ainda não comentou as novas acusações, com Santos a ter já data marcada para aparecer em tribunal: 27 de outubro.

Para além de Santos, também uma das assistentes do congressista admitiu que falsificou os livros financeiros da campanha. Nancy Marks reportou cerca de meio milhão de dólares, num empréstimo que supostamente Santos teria dado à campanha. Este relatório falso foi o necessário para a campanha estar abrangida para receber apoio financeiro do comité nacional do Partido Republicano.

George Santos foi eleito em 2022, depois de uma vitória surpreendente num distrito com tendências democratas. Mas, desde que tomou posse em janeiro tem estado envolto em polémicas. Os democratas já apresentaram uma resolução para a sua expulsão, mas esta acaba por ser maioritariamente simbólica, devido ao controlo republicano do congresso.