"As moções de estratégia global e as moções setoriais serão discutidas em horário nobre da tarde e noite de sábado [10 de março], porque a manhã será ocupada com credenciação, boas-vindas e apresentação de relatórios", disse Morais Soares à agência Lusa, sublinhando que a ordem de trabalhos foi aprovada em Conselho Nacional, por unanimidade.

Os primeiros subscritores de moções de estratégia Abel Matos Santos e Miguel Mattos Chaves criticaram o alinhamento do 27.º Congresso do CDS, que decorre a 10 e 11 de março, em Lamego, por prever a discussão das moções setoriais depois das moções de estratégia, considerando que, nessa ordem, seriam remetidas para o primeiro dia de manhã.

"Mostra um profundo desconhecimento dos congressos anteriores", disse o secretário-geral centrista, que é, por inerência de funções, presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC).

Morais Soares vincou que o estabelecimento da ordem de trabalhos não é competência da COC, tendo sido aprovado em Conselho Nacional, o órgão máximo do partido entre congressos.

O Congresso do CDS-PP é eletivo da liderança, sendo condição necessária à apresentação de uma candidatura ser-se o primeiro subscritor de uma moção de estratégia global, que é votada em alternativa.

Além da presidente do partido, Assunção Cristas, são conhecidas as moções de estratégia global apresentadas por Mattos Chaves, pela tendência "Esperança em Movimento", de Abel Matos Santos, por José Lino Ramos, Pedro Borges de Lemos, pela Juventude Popular, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, e pela distrital de Lisboa.

A prática tem ditado que a apresentação de moção de estratégia global não equivale automaticamente a uma candidatura à liderança, servindo para alguns subscritores levarem à discussão ideias e propostas.

No último Congresso, só Miguel Mattos Chaves não retirou a sua moção de estratégia global, que foi a votos em alternativa à de Assunção Cristas. A moção da líder recolheu 877 votos e a de Mattos Chaves 11 votos.