Num comunicado com as conclusões do primeiro dia do Conselho Europeu, que junta hoje e sexta-feira chefes de Estado e de Governo, os líderes da União instam “as instituições da UE, juntamente com os Estados-Membros, a trabalharem em medidas destinadas a reforçar a resiliência e a melhorar a cultura de segurança da UE contra ameaças cibernéticas e híbridas” vindas de fora.
Os responsáveis pedem, também, uma maior proteção das “redes de informação e de comunicação da UE e dos processos de tomada de decisão”, visando assim evitar “atividades maliciosas de todos os tipos”.
“A UE deve assegurar uma resposta coordenada às ameaças cibernéticas e reforçar a sua cooperação com os intervenientes internacionais relevantes”, vincam os representantes dos 28 Estados-membros.
Numa altura em que se assiste ao desenvolvimento das redes móveis de quinta geração (5G) – que têm vindo a ser marcadas por acusações de espionagem feitas pelos Estados Unidos à China -, as instituições comunitárias, incluindo a Comissão Europeia, têm vindo a alertar os Estados-membros para que garantam a segurança das suas infraestruturas.
Outra das prioridades comunitárias tem vindo a ser o combate à desinformação e às chamadas ‘fake news’ (notícias falsas).
Sobre este assunto, o comunicado do Conselho Europeu apela para “esforços sustentados para aumentar a sensibilização, a preparação e a capacidade de resiliência das democracias face à desinformação”.
“A natureza evolutiva das ameaças, o crescente risco de interferência maliciosa e a manipulação ‘online’ associados ao desenvolvimento de inteligência artificial e a técnicas de recolha de dados exigem uma avaliação contínua e uma resposta apropriada”, adianta o comunicado.
Neste Conselho Europeu, os principais assuntos em cima da mesa dizem respeito às nomeações para cargos de topo da UE e à definição de uma agenda estratégica até 2024.
Contudo, também foram abordadas matérias como a cibersegurança, a desinformação, o clima, o orçamento da UE a longo prazo e as relações externas da União.
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