De acordo com a agência Associated Press (AP), um acordo global mais amplo ainda está por fechar devido a divergências no que diz respeito a esforços na redução de emissões.
A resolução foi adotada por unanimidade em assembleia plenária, seguida de aplausos estrondosos, no final da conferência anual do clima da ONU.
A resolução enfatiza a “necessidade imediata de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados para ajudar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis” aos impactos “económicos e não económicos” das alterações climáticas.
Entre essas possíveis modalidades de financiamento está a criação de um “fundo de resposta a perdas e danos”, uma reivindicação dos países em desenvolvimento.
As modalidades de implementação do fundo terão de ser elaboradas por uma comissão especial, para serem adotadas na próxima COP28, no final de 2023, nos Emirados Árabes Unidos.
A questão das “perdas e danos”, que esteve mais do que nunca no centro de debate, após as devastadoras inundações que atingiram recentemente o Paquistão e a Nigéria, quase inviabilizou a COP27.
A questão só foi colocada na ordem do dia, num último momento, após relutância dos países ricos, e com a condição de que a questão de uma possível responsabilidade legal ou compensação fosse descartada.
“É assim que uma jornada nossa de 30 anos finalmente, esperamos, deu frutos hoje”, disse a ministra do Clima do Paquistão, Sherry Rehman, que muitas vezes assumiu a liderança das nações mais pobres do mundo.
A 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas começou em 06 novembro e terminou hoje em Sharm-el-Sheik, no Egito, juntando mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.
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