Estas posições foram transmitidas por António Costa em declarações à agência Lusa, após a Comissão Europeia (CE) ter hoje apresentado o Livro Branco sobre o futuro da Europa.

Uma iniciativa de Bruxelas que, segundo o líder do executivo nacional, constitui "um contributo útil para o processo de definição do futuro da União Europeia", que será lançado na cimeira de chefes de Estado e de Governo, em Roma, no próximo dia 25.

Para António Costa, no atual momento do debate europeu, "em que se impõe a tomada de decisões para confrontar os desafios da Europa, é positivo que os chefes de Estado e de Governo disponham de um diagnóstico claro da situação atual e de cenários possíveis sobre a evolução da União Europeia até 2025".

"Este documento é o início de um processo e será completado, até ao final do ano, com uma série de documentos de reflexão, dos quais destacamos, pela sua importância, o desenvolvimento da dimensão social da Europa e o aprofundamento da União Económica e Monetária, com base no 'Relatório dos Cinco Presidentes' de junho de 2015. Apoiamos a iniciativa da CE de apresentar esses documentos de reflexão para alimentar o debate, não só a nível do Conselho Europeu, mas também ao nível dos cidadãos, através da promoção de uma série de debates sobre o futuro da Europa em várias cidades e regiões europeias", salientou o primeiro-ministro.

António Costa frisou depois que Portugal, pela sua parte, "irá continuar a acompanhar e participar ativamente neste debate".

"Teremos uma participação na linha do que já temos vindo a fazer desde a cimeira de Bratislava [capital da Eslováquia], nomeadamente através da organização do seminário de alto nível e conferência pública 'Consolidar o euro, promover a convergência', e da elaboração de um contributo sobre a mesma questão para o texto da Declaração de Roma, que foi entregue ao primeiro-ministro italiano" Paolo Gentiloni.

Ainda em relação à iniciativa política de Bruxelas, António Costa referiu que Portugal, no âmbito desta "reflexão", valoriza sobretudo a consciência de que se os diferentes Estados-membros se mantiverem unidos poderão ser alcançados melhores resultados.