António Costa falava no debate parlamentar da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, na generalidade.
Respondendo a uma intervenção da deputada social-democrata Clara Marques Mendes, o primeiro-ministro aproveitou para esclarecer uma dúvida sobre o seu futuro político a curto prazo em Portugal.
“Há uma coisa que posso garantir: O Governo assume todas as suas responsabilidades. No entendimento de haver eleições, ou no entendimento de não haver eleições", disse.
Segundo António Costa, “havendo eleições há uma coisa que se pode ter por certa: A senhora deputada [do PSD Clara Marques Mendes] não sabe quem será o seu líder", ou Rui Rio ou Paulo Rangel.
"Eu sei que liderarei o meu partido nessas eleições”, frisou o primeiro-ministro.
Depois de desfazer desta forma os rumores de que poderia estar de saída da política nacional num cenário de eleições legislativas antecipadas, António Costa considerou que essa questão da liderança “é uma enorme diferença em matéria de estabilidade” entre PS e PSD.
Antes, a deputada social-democrata tinha acusado António Costa de “ter dado uma machadada” na concertação social, desrespeitando as confederações patronais.
Clara Marques Mendes considerou ainda que, nas negociações do Orçamento, o primeiro-ministro “não teve qualquer sucesso” com os seus parceiros parlamentares de esquerda, criou instabilidade política e conduziu tudo a “um beco sem saída”.
“Em democracia, há sempre saída, umas melhores e outras piores”, respondeu logo a seguir António Costa.
Para António Costa, a primeira “boa saída, é o Orçamento ser aprovado e tudo acabar bem e a segunda é o Orçamento não ser aprovado e haver regime de duodécimos”.
“A terceira saída, que não compete a nenhum de nós comentar, porque depende única e exclusivamente da avaliação do Presidente da República, é saber se haverá ou não eleições. Nós assumimos todas as nossas responsabilidades no entendimento de haver ou não eleições”, acrescentou.
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