Referindo aos jornalistas que não deve interferir no processo negocial que está a decorrer na empresa, António Costa sublinhou que “é inequívoco que é da maior importância para o país” a atividade da Autoeuropa.
Para o primeiro-ministro, que falava na Póvoa de Varzim à margem da visita da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, a Autoeuropa tem sido “um excelente exemplo de diálogo social”, sendo neste momento importante garantir a produção do novo veículo que substituirá o modelo Sharan, cuja produção será descontinuada.
Os trabalhadores da Autoeuropa regressaram hoje ao trabalho, depois da greve histórica de quarta-feira contra a obrigatoriedade de trabalharem ao sábado, a primeira paralisação por razões laborais desde que a empresa iniciou a atividade há cerca de 27 anos.
Os sindicatos mais representativos na Autoeuropa fizeram hoje um "balanço positivo" da paralisação e recusam entrar “em guerras de números” sobre a adesão à greve.
Apesar da greve, administração, trabalhadores e sindicatos reafirmaram a convicção de que continua a ser possível um acordo para a implementação dos novos horários de laboração contínua, designadamente no que respeita ao trabalho aos sábados.
O trabalho aos sábados esteve na origem da paralisação e levou à demissão da atual Comissão de Trabalhadores após a rejeição, pelos trabalhadores, do pré-acordo que tinha negociado com a empresa.
De acordo com o novo modelo de horários que deveria ser implementado a partir de novembro, cada trabalhador iria rodar nos turnos da manhã e da tarde durante seis semanas e faria o turno da madrugada durante três semanas consecutivas, com uma folga fixa ao domingo e uma folga rotativa nos outros dias da semana.
A administração da Autoeuropa promete ouvir os sindicatos no próximo dia 07 e setembro.
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