António Costa falava aos jornalistas à entrada para a cimeira de dois dias do Conselho da Europa, em Reiquiavique, Islândia, durante a qual os 46 Estados-membros da organização vão tentar chegar a um compromisso político em torno de uma resolução de condenação da Rússia pela sua intervenção militar contra a Ucrânia.
“Os valores da paz e da democracia têm de ser defendidos e promovidos. Foi para isso que foi criado o Conselho da Europa”, declarou o líder do executivo português à entrada para a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização.
Perante os jornalistas, António Costa começou por apontar que uma cimeira ao nível de chefes de Estado e de Governo do Conselho da Europa “há muitos anos não se realizava” – desde Varsóvia, em 2005 – “mas que se realiza agora num dos momentos mais oportunos”.
“Muitas pessoas pensaram que a democracia era um dado adquirido, mas hoje sabemos que os populismos desafiam as democracias”, advertiu.
Na atual conjuntura mundial, segundo o primeiro-ministro, “mais do que nunca, é preciso reforçar a capacidade de afirmar o Estado de Direito para combater a corrupção, de termos uma fiscalidade internacional justa para lutar contra as desigualdades e para termos uma gestão integrada de grandes desafios como as transições climática e digital”.
“Precisamos também, mais do que nunca, de termos uma plataforma onde todos os europeus possam falar e onde possamos afirmar claramente os valores do Direito Internacional, do direito à integridade territorial, do direito à independência. Espero que seja dado um apoio claro à Ucrânia e a condenação clara da Rússia para podermos promover a paz”, acentuou António Costa.
Nesta cimeira, na capital islandesa, António Costa disse em seguida acreditar que os Estados-membros da organização terão uma mensagem inequívoca “em defesa dos valores da paz e da democracia”.
“É preciso dar um novo vigor ao Conselho da Europa para seguir em frente missão”, completou.
Comentários