“Ninguém tem uma data fixada para o momento em que este processo do alargamento venha a estar concluído, nem é necessário que ele se desenvolva todo simultaneamente”, disse o chefe de Governo.

Em declarações aos jornalistas no final de uma cimeira europeia informal, realizada na cidade espanhola de Granada e focada em reformas institucionais para preparar a UE para desafios como o do alargamento, António Costa recordou que “há países com os quais ainda não se abriram os processos de negociação, outros com os quais já estão praticamente concluídos os processos de negociação e, portanto, a temporalidade pode ser diversa”.

“Aquilo que ficou assente entre todos é que, para que o alargamento tenha sucesso, é fundamental que esta reforma interna esteja concluída, mas que esta reforma interna não pode ser um pretexto para não fazer o alargamento”, vincou António Costa.

De acordo com o responsável, “são dois processos que têm de decorrer de forma paralela e sincronizada”.

Um assunto em cima da mesa neste Conselho Europeu informal foi o do alargamento, quando se espera que, até ao final do ano, os líderes da UE deem ‘luz verde’ à abertura de negociações formais com a Ucrânia e Moldova, que obtiveram em meados de 2022 estatuto oficial de países candidatos ao bloco comunitário.

Na UE, alguns altos responsáveis como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também falam da data de 2030 para o alargamento comunitário.

Para António Costa, a expansão comunitária não deve significar que “a UE saia mais enfraquecida”.

“Precisamos que continue a ser um modelo de sucesso que atrai países candidatos”, adiantou.