“É um último derradeiro apelo a que as pessoas que se inscreveram no voto antecipado o pudessem fazer”, insistiu João Cotrim de Figueiredo frente à Câmara Municipal de Faro, depois destas declarações aos jornalistas estarem inicialmente agendadas para junto a uma mesa de voto naquela localidade.

Contudo, devido a uma queixa junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) por “propaganda eleitoral”, a IL alterou o local desta ação de campanha.

Para quem não conseguir votar hoje, o primeiro da lista da IL lembrou que o pode fazer no próximo domingo em qualquer ponto do país.

“Portanto, que não haja desculpas para não votar”, frisou.

Cotrim de Figueiredo, que esta tarde contará com a presença na campanha do presidente do partido, Rui Rocha, saudou o número de inscrições no voto antecipado registado para as eleições europeias de 9 de junho.

“Há um interesse grande de as pessoas votarem antecipadamente e, normalmente, das pessoas que se inscrevem, votam entre 90 e 95%, e nós queremos garantir que hoje íamos pelo menos para os 95% ou mais”, assumiu.

Cotrim de Figueiredo salientou não querer estar a discutir no dia 9 de junho “durante duas ou três horas” a percentagem da abstenção.

E especificou: “Não nos apetece que alguém use a abstenção recorde como uma forma de tirar legitimidade aos votos e aos mandatos que sejam atribuídos com essa eleição”.

Logo, entendeu, quantos mais forem votar “mais força e mais legitimidade tem os mandatos que forem atribuídos”.

Além de dizer às pessoas que “vale a pena votar”, o candidato a eurodeputado defendeu que o dia de reflexão deveria ser revisto.

“É algo que pode, eventualmente, precisar de revisão. Não sei, nós próprios na IL já defendemos várias vezes que o dia de reflexão devia acabar”, frisou.

Questionado sobre se está pronto para assumir o objetivo de eleger dois eurodeputados, João Cotrim de Figueiredo foi perentório: “Ainda não estou pronto para fazer isso”.

Mais de 252.000 eleitores portugueses podem hoje votar antecipadamente para as eleições europeias.

De acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI), inscreveram-se para votar em mobilidade para as eleições europeias 252.209 eleitores, número mais de 20% superior aos 208.007 que optaram pelo voto antecipado nas últimas eleições legislativas, de 10 de março passado.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.