a quinta-feira, na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, avisou que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o Rt - o número médio de casos secundários que resultam de um caso infetado pelo vírus - ultrapasse o 1.
Segundo a Resolução do Conselho de Ministros publicada no sábado as medidas definidas “podem ser ajustadas no sentido de se aplicarem a nível local, tendo em conta a incidência”. Ou seja, o país pode ‘desconfinar’ em velocidades diferentes.
O boletim da DGS de hoje revela que Portugal regista 96 casos de infeção por SARS CoV-2 por 100.000 habitantes e que no continente este valor desce para 84,2.
Contudo existem 69 concelhos de um total de 308 que entre 24 de fevereiro e 09 de março registaram uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 120 casos por 100 mil habitantes o que presenta 22,4% do total.
Destes 69 concelhos, 13 pertencem à Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente, Alcochete, Almada, Amadora, Lisboa, Loures, Moita, Montijo, Sesimbra, Setúbal, Sintra, Odivelas, Palmela e Vila Franca de Xira.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) é composta por 18 concelhos e tem 2.821.876 habitantes.
Com incidência abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes na AML estão os concelhos do Seixal, Mafra, Barreiro, Oeiras e Cascais.
O boletim epidemiológico da DGS de hoje revela ainda que o Funchal é o único concelho português em risco extremo com uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.
Os dados referentes à região Autónoma da Madeira devem ser interpretados atendendo ao atraso entre o diagnóstico e a notificação verificado no período em análise, entre 24 de fevereiro e 09 de março.
O risco extremo de infeção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.
De acordo com a DGS e atendendo a esta ressalva o Funchal registou uma incidência cumulativa de 1.118 casos.
Em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, estão os concelhos madeirenses de Câmara de Lobos (564), Santa Cruz (576), Ponta do Sol (640) e ainda o concelho alentejano de Serpa (517).
Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa "corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
O boletim revela ainda que 34 dos 308 concelhos portugueses tiveram zero casos de infeção neste período: Alfandega da Fé, Alvito, Lajes da Flores, Horta, Mação, Redondo, Ribeira de Pena, Sabugal, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Calheta (Açores), Marvão, Mesão Frio, Mirando do Douro, Monchique, Mora, Nisa, Nordeste, Sousel, Terras de Bouro, Castro Verde, Chamusca, Corvo, Crato, Freixo de Espada à Cinta, Fronteira, Pedrógão Grande, Penalva do Castelo, Penedono, Velas, Vila do Porto, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Paiva e Vila Velha de Ródão.
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